quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Esculturas em madeira - Parte 02

Esculturas em madeira.

Escultura de balões - Chapéu de Anteninha

Esculturas de Balões - Coração

Aprenda a fazer um coração com 1 balão canudo.

Ulisses Mendes: Artesão

Ulisses Mendes, natural de Itinga, Vale do Jequitinhonha/MG, escultor profissional desde os anos 70 e seu trabalho se faz presente em mais de 20 países, como: França, Itália, USA, Inglaterra, Japão, entre outros. Participante da 12ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG, Ulisses Mendes é um dos mestres homenageado por sua importância e representatividade artística. É considerado o cronista do Jequitinhonha, pois retrata em suas esculturas de argila a vida cotidiana do povo que vive no Vale. Quando criança aprendeu a atividade ajudando sua mãe. Nesse tempo, modelar o barro era ofício das mulheres, por ter essa condição, sofreu preconceito. Contudo, superou esse obstáculo e hoje é um dos artesãos mais conhecidos do Vale do Jequitinhonha. Ulisses Mendes gosta de re-criar os personagens da região, seus modos de viver, seus costumes, sua cultura, entre outras características. Dedicando-se assim a crítica social. O personagem sertanejo escolhido é estudado detalhadamente, e após, é esculpido na argila, empregando coloração natural (extratos de minerais da região). Então, é colocada ao sol para secar, por no mínimo 10 dias. Para perder a umidade. E assim, é queimada no forno a lenha, feito pelo próprio artesão.

Arte Grega - Esculturas.

terça-feira, 5 de junho de 2012

10 aspectos da arte contemporânea

10 aspectos da arte contemporânea


Em 1910, o russo Wassily Kandinsky pintou as primeiras aquarelas com signos e elementos gráficos que apenas sugeriam modelos figurativos, uma nova etapa no processo de desmanche da figura, que se iniciara com Pablo Picasso e Georges Braque, na criação do cubismo, por volta de 1907. Assim, a abstração, uma representação não-figurativa —que não apresenta figuras reconhecíveis de imediato— tornou-se uma das questões essenciais da arte no século 20. Movimento dominante na década de 1950, a abstração pode ser conhecida também em livros como "Abstracionismo Geométrico e Informal", de Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger (Funarte, 308 págs., esgotado).

A "arte concreta", expressão cunhada pelo holandês Theo van Doesburg em 1918, refere-se à pintura feita com linhas e ângulos retos, usando as três cores primárias (vermelho, amarelo e azul), além de três não-cores (preto, branco e cinza). No Brasil, o movimento ganhou densidade e especificidade própria, sobretudo no Rio e em São Paulo, onde se formaram, respectivamente, os grupos Frente e Ruptura. Waldemar Cordeiro, artista, crítico e teórico, liderou um grupo com o objetivo de integrar a arte a aspectos sociais como o desenho industrial, a publicidade, o paisagismo e o urbanismo.

O grupo Neoconcreto teve origem no Rio de Janeiro e teve curta duração, de 1959 a 1963. Ele surgiu como conseqüência de uma divergência entre concretistas do Rio e de São Paulo. Em 1959, Ferreira Gullar publicou um manifesto onde as diferenças entre os grupos são explicitadas, e a ruptura se consolidou, gerando um movimento brasileiro de alcance internacional. Entre os artistas mais conhecidos estão Hélio Oiticica e Lygia Clark, além do próprio Gullar.

A aparição da pop art (ou novas figurações), na Nova York do final dos anos 50, foi surpreendente. Longe de ser uma representação realista dos objetos, ela enfocava o imaginário popular no cotidiano da classe média urbana e mostrava a interação do homem com a sociedade. Por isso, tomava temas de revistas em quadrinhos, bandeiras, embalagens de produtos, itens de uso cotidiano e fotografias. No Brasil, interagiu com a política e teve em Wesley Duke Lee, Antonio Dias, Nelson Leirner, Rubens Gerchman e Carlos Vergara seus expoentes. O site da Tate Gallery (www.tate.org.uk) traz bons exemplos internacionais.

A arte conceitual trabalha os estratos mais profundos do conhecimento, até então apenas acessíveis ao pensamento. Nascida no final dos anos 1960, ela rejeita todos os códigos anteriores. No Brasil, o movimento conceitual coincidiu com a ditadura militar (1964-1985), e a contingência lhe deu um sentido diferente da atitude auto-referencial, comum nos outros países.

A presença do objeto na arte começa nas "assemblages" cubistas de Picasso, nas invenções de Marcel Duchamp e nos "objets trouvés" (objetos encontrados) surrealistas. Em 1913, Duchamp instalou uma roda de bicicleta sobre uma banqueta de cozinha, abrindo a rota para o desenvolvimento dessa nova categoria das artes plásticas. Hoje em dia, os "ready-mades" —obras que se utilizam de objetos prontos— já se tornaram clássicos na arte contemporânea. Por aqui, a essas experiências começaram a ser realizadas somente nos anos 60, com os neoconcretos e neofigurativos.

As instalações se caracterizam por tensões que se estabelecem entre as diversas peças que as compõem e pela relação entre estas e as características do lugar onde se inserem. Uma única instalação pode incluir performance, objeto e vídeo, estabelecendo uma interação entre eles. O deslocamento do observador nesse espaço denso é necessário para o contato com a obra, e é assim que a noção de um espaço que exige um tempo passa a ser também material da arte. Para um passeio virtual, visite o site do Museu de Arte Contemporânea (www.mac.usp.br).

Na forma como o compreendemos hoje, o "happening" surgiu em Nova York na década de 1960, em um momento em que os artistas tentavam romper as fronteiras entre a arte e a vida. Sua criação deve-se inicialmente a Allan Kaprow, que realizou a maioria de suas ações procurando, a partir de uma combinação entre "assemblages", ambientes e a introdução de outros elementos inesperados, criar impacto e levar as pessoas a tomar consciência de seu espaço, de seu corpo e de sua realidade. Os primeiros "happenings" brasileiros foram realizados por artistas ligados ao pop, como o pioneiro "O Grande Espetáculo das Artes", de Wesley Duke Lee, em 1963.

Da integração entre o "happening" e a arte conceitual, nasceu na década de 1970 a performance, que se pode realizar com gestos intimistas ou numa grande apresentação de cunho teatral. Sua duração pode variar de alguns minutos a várias horas, acontecer apenas uma vez ou repetir-se em inúmeras ocasiões, realizando-se com ou sem um roteiro, improvisada na hora ou ensaiada durante meses. O precursor das performances no Brasil foi Flávio de Carvalho, que, em 1931, realizou sua "Experiência Número 2", caminhando em meio a uma procissão de Corpus Christi, em sentido contrário ao do cortejo e vestindo um boné.

De difícil veiculação pela TV comercial, a videoarte tem sido divulgada pelo circuito tradicional das galerias e museus. Além dos pioneiros, Wolf Vostell e Nam June Paik, destacaram-se inicialmente as pesquisas de Peter Campus, John Sanborn, Gary Hill e Bill Viola, que tem um bom site (www.billviola.com). No Brasil, as primeiras experiências foram realizadas nos anos 1970 e apresentadas por artistas como Anabela Geiger, Sonia Andrade e José Roberto Aguilar.

Arte contemporânea

Como entender o seu sentido?


Se levarmos em conta a origem da palavra arte ("ars" significa técnica ou habilidade), é curioso notar que há uma contradição: muitos artistas não expressam suas idéias através de uma habilidade técnica. Apesar de, muitas vezes, possuírem tais habilidades, estão preocupados em discutir outras questões, provocar outras reflexões.


Folha Imagem
"Roda de bicicleta", Marcel Duchamp (1913): não é possível usar o banco ou a roda que compõem essa obra de ate.

Em 1913, momento das vanguardas européias, Marcel Duchamp propôs obras chamadas "ready-made", feitas a partir de objetos do dia-a-dia. O que ele fazia era apresentar esses objetos de forma descontextualizada e sem a possibilidade de serem utilizados. Por exemplo: um mictório no meio de uma sala, sem encanamento.

Com essa "provocação", Duchamp chamou a atenção para a arte produzida naquele momento. Ela não seria mais uma representação do real, como um retrato. Ela seria a própria realidade.

Quem decide o que é obra de arte
O objeto de arte não representa algo, mas ele é algo. Mesmo se o artista não tiver fabricado os elementos que compõem sua obra. Duchamp também questionava o conceito de arte como associado a um ideal de belo e à crítica de arte.

O objetivo da obra de arte, assim, era também promover o debate sobre a definição e a finalidade da arte.

Se não existe uma definição do conceito arte, quem afinal decide o que é obra de arte ou não?

Muitos são os fatores para classificar uma produção como obra de arte: o contexto histórico, o mercado de arte, a aceitação entre os artistas e, principalmente, a crítica.

Crítica de arte
A arte, como resultado de análise e avaliação, pode adquirir novas dimensões e formas de expressão por meio da crítica. Ela colabora para que a sociedade se mantenha atenta aos valores da arte no passado e no presente.

A crítica leva em conta o fato de que a arte é um produto da humanidade que expressa suas experiências e emoções através da linguagem.

A evolução dos conceitos artísticos, a transformação dos valores, são aplicáveis às diferentes formas: a literatura, o teatro, a dança, o cinema, a fotografia, a música e tantas outras que surgem, como a web arte.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Construção de sólidos geometricos com canudos

Geometria com Canudos

A geometria é, freqüentemente, ensinada no quadro negro ou através de Icosaedro montado com canudoslivros didáticos. Quando se trata de figuras planas esse método não representa grande dificuldade para o aprendizado da criança. Mas o mesmo não se pode dizer quando se deseja ensinar os elementos da geometria espacial. Portanto, neste material, sugiro a utilização de canudos de refrigerante na montagem de estruturas geométricas, como a mastrada na figura ao lado.

Pode-se ensinar geometria espacial por intermédio da montagem de sólidos, em que a criança recorta um desenho numa folha de cartolina e, através de dobraduras e colagem, monta um sólido geométrico. Porém, a atividade que é proposta aqui, além de possibilitar que a criança construa estruturas e "brinque" com a geometria espacial, torna possível a visualização de alguns elementos que na atividade com cartolina são menos notados. Estes elementos são as arestas e os vértices dos sólidos.

TetraedroA estrutura mais simples para se montar é a do tetraedro (poliedro de quatro faces) que possui 6 arestas e 4 vértices. Na figura ao lado nota-se que cada aresta do tetraedro corresponde a um canudo. Portanto, para montá-lo será necessário dispor de 6 canudos de refrigerante.

Ligar um canudo ao outro pode parecer algo complicado a princípio, mas essa tarefa ficará mais fácil depois de algumas tentativas.

Para começar a construção da estrutura deve-se iniciar pela base (alicerce), que é um triângulo. Se o tetraedro é regular então o triângulo deverá ser equilátero. A construção da base começa passando-se o barbante por três canudos.

Depois de passar o barbante pelos canudos passa-se novamente pelo primeiro canudo da fileira. Desse jeito não será preciso dar um nó, ainda.

Concluída esta etapa temos a estrutura como mostrada na figura ao lado. Assim já podemos levantar o tetraedro, que também é uma pirâmide de base triangular.

Pegamos a ponta do barbante que acabamos de passar pelo canudo da base e passamos por dois outros canudos.

Em seguida passamos o barbante por mais um canudo da base. A ponta sairá na outra extremidade e poderemos passá-la pelo último canudo.

Assim como fizemos para fechar o triângulo da base, faremos para fechar o tetraedro. Ou seja, passaremos mais uma vez o barbante por dentro do canudo mostrado na figura ao lado. Para que a estrutura fique bem firme é interessante passar o barbante duas vezes pelo mesmo canudo.

Com isso as extremidades adjacentes dos canudos ficarão conectadas.Em vez de usar barbante para unir os canudos pode-se usar bolinhas de isopor ou massa de modelar.

Outro poliedro que pode ser montado é o cubo (hexaedro). Ele tem 6 faces e 12 arestas, necessitando, assim, de 12 canudos. Porém a estrutura não ficará estável, ou seja, ela não fica de pé facilmente. Sendo preciso fazer várias conexões entre os vértices opostos.

Já a pirâmide de base quadrada fica de pé, mas se manuseada ela pode deformar-se. Para construí-la serão necessários 8 canudos.

Construindo um Dodecaedro com Canudos

Um dodecaedro é um poliedro regular de 12 faces, e cada face é um pentágono de lado l. Como cada pentágono possui 5 vértices, teríamos 5·12 = 60 vértices. Mas podemos perceber que três pentágonos compartilham o mesmo vértice, resultando em 60/3 = 20 vértices ao todo.
O mesmo procedimento é utilizado para as arestas: temos 5 arestas em cada pentágono, o que resultaria em 5·12 = 60 arestas no dodecaedro. Contudo, notamos que dois pentágonos são ligados pela mesma aresta. Assim teremos 60/2 = 30 arestas neste sólido.

Há muitas maneiras de se construir um dodecaedro. Porém um jeito que achei mais interessante é através da estrutura montada com canudos de refrigerante. De início se nota que cada aresta corresponderá a um canudo, ou seja, 30 canudos. Todavia, dependendo do método que se usa para unir estes canudos, a estrutura não ficará estável e o seu dodecaedro poderá virar um "tortaedro".
Eu usei barbante passando pelos canudos para construir a estrutura. Mas, para a estrutura ficar firme, precisei ligar todos os vértices ao centro do dodecaedro, como mostrado na figura ao lado.

Para essa brincadeira precisei de mais 20 canudos! Um para cada vértice. Ao todo será necessário usar 50 canudos e muito barbante. Contudo, os canudos têm comprimentos diferentes. Veja a figura ao lado:

A construção começa pela base, que é um pentágono, e depois levantamos a pirâmide. Mas não é uma pirâmide qualquer, pois o dodecaedro deverá ter no fim do processo 12 pentágonos iguais, e para que isso ocorra esta pirâmide deverá ter uma altura específica.
Através das características do pentágono podemos encontrar a apótema a e a distância b do centro ao vértice do pentágono.

Depois de alguma álgebra é possível concluir que a altura h da pirâmide vale:

Lembre-se que l é o lado do pentágono, e também o comprimento dos canudos que formam as arestas. Por fim, utilizando Pitágoras, encontramos o comprimento dos canudos que ligarão os vértices como sendo de 1,4·l, ou seja, se você for construir um dodecaedro de arestas medindo 20 cm, então os canudos internos deverão medir 1,4·20 = 28 cm.

Lista de materiais:

    • 30 canudos de comprimento l para as arestas;
    • 20 canudos de comprimento 1,4·l, para a estrutura interna;
    • no mínimo um barbante de comprimento 116·l, que corresponde a duas passadas em cada canudo;
    • e muita paciência.

Em seguida são apresentados alguns poliedros que podem ser construídos com canudos:

Pirâmide de base quadrada

Pirâmide de base pentagonal

Octaedro

5 faces;

5 vértices;

8 arestas;

e 8 canudos para construí-la.

6 faces;

6 vértices;

10 arestas;

e 10 canudos para construí-la.

8 faces;

6 vértices;

12 arestas;

e 12 canudos.

Decaedro

Dodecaedro

Icosaedro

10 faces;

7 vértices;

15 arestas;

e 15 canudos para montá-lo.

12 faces;

20 vértices;

30 arestas;

e 50 canudos (30 das arestas e 20 dos vértices). Muita paciência também é necessária.

20 faces;

12 vértices;

30 arestas;

e 30 canudos.

Para finalizar, a título de curiosidade, o teorema de Euler sobre poliedros pode ser uma brincadeira interessante.
Segundo este teorema, se pegarmos um poliedro de F faces, V vértices e A arestas, teremos a seguinte relação: F + VA = 2.

Mas, será que funciona mesmo? Vamos ver:

Tetraedro: F = 4, V = 4, A = 6: F+V-A = 4+4-6 = 2;
Pirâmide de base quadrada: F = 5, V = 5, A = 8: F+V-A = 5+5-8 = 2;
Cubo: F = 6, V = 8, A = 12: F+V-A = 6+8-12 = 2;
Octaedro: F = 8, V = 6, A = 12: F+V-A = 8+6-12 = 2;
Decaedro: F = 10, V = 7, A = 15: F+V-A = 10+7-15 = 2;
Dodecaedro: F = 12, V = 20, A = 30: F+V-A = 12+20-30 = 2;
Icosaedro: F = 20, V = 12, A = 30: F+V-A = 20+12-30 = 2.

Construção dos Poliedros de Platão

quinta-feira, 29 de março de 2012

Matemática é D+ - Construção de poliedros

Vídeo sobre oficina de construção de poliedros ministrada pelo educador Roberto Pompéia e com apontamentos de Héctor Ponce, especialista em Didática da Matemática.

Poliedros de Platão

Chamamos de poliedros de Platão, quando todas as faces têm o mesmo número de lados, quando em todos os vértices coincidem o número de arestas e quando segue a relação de Euler (V – A + F =2).

Poliedros de Platão:

• Tetraedro
• Hexaedro
• Octaedro
• Dodecaedro
• Icosaedro

Vejamos a tabela para os poliedros de Platão:



Poliedros regulares

O poliedro é considerado poliedro de regular, quando for um poliedro de Platão e todas as suas faces forem polígonos regulares.
Vejamos os cinco poliedros regulares existentes: